terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sensação costumeira. Gosto amargo, boca seca. Sentimento amigo que não tarda a regressar.
A dor do vazio nem é mais sentida. Mas a ideia de ter algo que o preencha, ah... essa sim machuca. Arde. Inquieta.
Não importa o quão belo seu jardim seja, uma pisada deixará marcas. E por opção, eu vivo nesse inverno. Onde minhas árvores não tem folhas para fazer sombra, minhas flores estão sem cor, e não há canto pois os pássaros a tempos voaram para o sul.
Minha única companhia é o vento gélido. Ele vem, e vai e sopra. E o frio do seu sopro me adormece a pele de forma que não sinto mais nada. Nem mesmo a sua partida.

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