domingo, 10 de outubro de 2010

"É só o inverno. É só o inverno." - ele repetia pra si mesmo "Quando o verão chegar, eu vou ser feliz de novo."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Na minha boca o gosto do seu cigarro. Era esse o gosto que me lembraria quando pensasse em você. Deitou-se ao meu lado e me abraçou. Houve um lampejo de repudia, como dois polos eletricos de mesma potência. Fiz me aconchegar da melhor maneira que coube meu desconforto. Embora meu corpo envolto por você estivesse inerte, minha mente corria uma marratona de pensamentos. Coisas bestas, que um abraço traz à tona. Cativo em minha mente e refém das minhas perguntas. Ao fundo a batida de uma porta me trouxe a cena novamente, e me fez desejar que aquela batida fosse minha... indo embora.
Meu maior erro é enxergar beleza na tristeza. Além, claro, de achar que a percepção do mundo é única. Fico querendo que vejam em mim aquilo que admiro. Beirando a amargura para que me notem os tons de cinza.
A insistência de chegar ao limite me fez ir pra tão longe, que já nem sei mais quem eu sou.
Sem esses passos, porém, o que seria do meu cinza em mundo pintado de cores vivas?
Essa maldita necessidade de aceitação que me move, me muda e me faz ser diferente.