quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eu sou poesia,
não respeito os limites usuais.
Transfiguro as narrações do dia.
Tenho meus versos e minhas rimas
e me divido em estrofes.

Sou poema,
e minhas linhas não extremas sequer tocam o horizonte.
Meus versos dizem muito, ou dizem nada,
com uma única palavra.

Sou poesia, e faço uso da minha licença
Me recuso a ser parte de um sistema
daqueles que se enquadram em margens convencionais.

Ora épico, ora lírico
Sou poema para poucos,

dos difíceis de ser lido.

domingo, 11 de abril de 2010

Quero vomitar as palavras, mas elas entalaram na garganta de forma que sufocam.
O dom de ver o que não existe. Porque não enxergar o óbvio? Onde vou me esconder da minha mente fantasiosa e do meu coração ingênuo ?
O óbvio. Aprender a ver as coisas pelo o que elas são. A entender a realidade pelo tato e a sentir somente aquilo que não me mate no final.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Engraçado quando você conhece alguém e a única coisa que possui em comum é a solidão palpável entre os dois.
Você tenta, tenta e tenta achar algo mais. Qualquer pingo de reconhecimento, uma semelhança qualquer que te leve a acreditar que aquela é a pessoa. Seja um nome, um gosto, um cheiro ou um jeito de se aconchegar.
Você se engana, se enrola, faz de conta, finge e brinca até que a vontade morre tão rapidamente como nasceu.